Articulação de Mulheres do Amapá, realiza Treinamento de Midia

Articulação de Mulheres do Amapá, realiza Treinamento de Midia
As representantes que compõe o Comite Politico da AMA, participaram do treinamento que aconteceu na Escola Estadual Rivanda de Nazaré, no dia 11 de Agosto de 2007, um momento de grande importancia onde muito se refletiu sobre o papel da midia no enfrentamento a violencia contra mulher no Amapá. Relatos de casos de mulheres que sao vitimas de seus parceiros, orientaçoes de como argumentar com essa mulher que é vitima e precisa romper esse circulo e nao consegue por inumeras questões, muita alegria, compromisso e fortalecimento na missao da AMA, assim foi o clima do Treinamento!

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Seminário Nacional - A Mulher e a Midia 4

Seminário Nacional
A Mulher e a Mídia 4
Rio de Janeiro,
22 e 23 de setembro de 2007
Hotel Novo Mundo - Praia do Flamengo, 20

O Instituto Patrícia Galvão, com apoio da Secretaria Especial de Políticas para Mulheres (SPM) e do Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher (UNIFEM), realizará a 4ª edição do Seminário Nacional A Mulher e a Mídia, no Rio de Janeiro, nos dias 22 e 23 de setembro de 2007.

Realizados desde 2004, esses encontros têm proporcionado diversas reflexões sobre o comportamento da mídia brasileira e latino-americana em relação às mulheres e têm contado com a participação de profissionais qualificadas/os na área de comunicação.
A Mulher e a Mídia 4 terá em pauta os seguintes temas:

· TV pública: Ampliação dos canais de expressão para mulheres?Valores, opinião e o protagonismo das mulheres; TV e as questões que envolvem os direitos das mulheres

· A mídia desqualifica as mulheres no poderA falta de sintonia frente aos novos tempos e a insensibilidade da mídia na relação com as mulheres no poder

· Cultura, comunicação e uma mídia não-discriminatóriaDifusão de imagens não-discriminatórias e não-estereotipadas das mulheres; construção de mecanismos de controle social nos meios de comunicação.

· As mulheres e as novas fronteiras da mídiaInteratividade; informação e retorno instantâneo; acessibilidade; notícia cidadã.

A Programação detalhada do Seminário será divulgada em breve, já com os nomes das/os palestrantes confirmadas/os.

PúblicoO Seminário é voltado especialmente para quem atua nas áreas de comunicação e gênero.
Alimentação e hospedagemA organização do evento oferecerá almoço e coffee break para as/os participantes nos dois dias do evento, mas não arcará com nenhuma outra despesa relativa a transporte, alimentação etc.Para as/os participantes que não residem na cidade do Rio de Janeiro, será oferecida hospedagem no Hotel Novo Mundo, a partir da noite do dia 21 de setembro até o dia 23/9.

Pré-inscriçõesO Seminário tem número limitado de vagas e as inscrições são gratuitas. É necessário fazer uma pré-inscrição através dos endereços www.planalto.gov.br/spmulheres e www.patriciagalvao.org.br e aguardar a confirmação de sua inscrição pela organização do evento.
Faça já a sua pré-inscrição!

Mais informaçõesmulhermidia.2007@globo.com; (61) 2104-9377 ou (11) 3266-5434.

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Momentos de carinhos...




Momentos registrados e compartilhados...
Assim que nos da Articulação Brasileiras de Mulheres NO Amapá vencemos os obstaculos....
Unidas...
Tao bom esses abraços...
Nessa luta que escolhemos, so mesmo uma buscando o abraço da outra para poder ter sempre forças e nao perde a vontade jamais...

Momentos Insqueciveis do Treinamento



Deixa registrado nossos momentos de troca de carinho..de atenção, de cumplicidade mesmo.

Trabalho em Grupo




Trabalho de equipe das mulheres, onde cara grupo fico responsavel por avaliar de que forma poderia ser levado p midia informações sobre a violencia domestica, psicologica, fisica e institucional.
Decidimos focar nos temas mais comnus da violencia que a mulher enfrenta no seu dia a dia.
Cada grupo organizou tres perguntas com suas respectivas respostas sobre o tema de cada grupo.
Por: Rejanne Soares - Comunicação AMA

II Módulo do Treinamento de Mídia no Enfrentamento a Violencia Contra Mulher




Já é conhecido pelas mulheres o histórico de exclusão, sub-representação e violação de direitos pela mídia, bem como a contribuição disso para a perpetuação das opressões de gênero. Da constatação agora elas passaram à ação, com a união de organizações da sociedade civil, movimentos e lideranças feministas para dar início a uma série de iniciativas de controle público da mídia.
Articulação de Mulheres preparam-se para o segundo modulo do treinamento de midia...
Agora nosso desafio é a televisão, um veiculo elitizado e que tem sido no Amapá um espaço de apologia a violencia em geral, com programas que mantem seus altos indices de audiencia mostrando a violencia por uma angulo que nao contribui com nenhum ser humano, e que muita das vezes marca, fere e destrói familias.
DATA: 28 DE AGOSTO DE 2007
LOCAL: A SER CONFIRMADO
HORÁRIO: 08 AS 18 HORAS...

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Mulher e o Mercado de Trabalho

As desigualdades vividas no cotidiano da sociedade, no que se refere às relações de gênero, não se definiram a partir do econômico, mas, especialmente a partir do cultural e do social, formando daí as "representações sociais" sobre as funções da mulher e do homem dentro dos variados espaços de convivência, ou seja: na família, na escola, na igreja, na prática desportiva, nos movimentos sociais, enfim, na vida em sociedade.

Nos últimos cinqüenta anos um dos fatos mais marcantes ocorridos na sociedade brasileira foi a inserção crescente das mulheres na força de trabalho. Este contínuo crescimento da participação feminina é explicado por uma combinação de fatores econômicos e culturais. Primeiro, o avanço da industrialização transformou a estrutura produtiva, a continuidade do processo de urbanização e a queda das taxas de fecundidade, proporcionando um aumento das possibilidades das mulheres encontrarem postos de trabalho na sociedade. Segundo, a rebelião feminina do final dos anos 60, nos Estados Unidos e Europa, chegou como uma onda nas nossas terras, em plenos anos de chumbo; apesar disso, produziu o ressurgimento do movimento feminista nacional fazendo crescer a visibilidade política das mulheres na sociedade brasileira(Melo, mimeo/2003).

A população brasileira, segundo dados do IBGE/CENSO 2000, é de 169.799.170 milhões de habitantes, com participação de 51,31% de mulheres. Não há dúvida de que há uma estreita relação entre o trabalho e a educação no processo de desenvolvimento dos grupos e da sociedade como um todo. Segundo dados do IBGE/2000, a PEA brasileira, em 2001, tinha uma média de escolaridade de 6,1 anos, sendo que a escolaridade média das mulheres ocupadas era de 7,3 anos e a dos homens de 6,3 anos.

Uma conclusão corrente é a de que o cidadão ou a cidadã com maior nível de escolaridade tem mais oportunidade de incluir-se no mercado de trabalho. Como afirma Lena Lavinas, em estudo recente, além da inclusão no mercado, constata-se uma significativa melhora entre as diferenças salariais. Entretanto, mesmo com o expressivo crescimento da mulher no mercado de trabalho, como já foi colocado, ainda não foram superados os obstáculos de acesso a cargos de chefia e diferenças salariais; estes, embora tenham diminuído desde os anos 90, ainda permanecem e significam que as mulheres aceitaram postos de trabalhos miseráveis para sobreviver com sua família, já que as taxas de desemprego feminino são significativamente maiores do que as da população masculina. As trabalhadoras brasileiras concentram-se nas atividades do setor de serviços; 80% delas são professoras, comerciárias, cabeleireiras, manicures, funcionárias públicas ou trabalham em serviços de saúde, mas o contingente feminino mais importante está concentrado no serviço doméstico remunerado, primeira ocupação das mulheres brasileiras. São negras cerca de 56% das domésticas e usufruem ainda os menores rendimentos da sociedade (Melo, 1998).

O desemprego tem atingido mais fortemente as mulheres, conforme dados da OIT (com base nos microdados da PNAD 2001). Hoje, o desemprego está em uma taxa de 11,7%, 31% superior a dos homens (7,4%). No que se refere às mulheres negras (13,8%), o percentual é 86% superior a dos homens brancos (6,5%). Grande aumento nessa diferenciação se deu entre 1992 e 2001. Preocupante é a taxa de desemprego juvenil, destacando-se os negros e as mulheres: jovens brancos têm taxas de 13,6%, jovens negras de 25% e jovens brancas 20%.

A presença das mulheres no trabalho precário e informal é de 61%, sendo 13% superior à presença dos homens (54,0%). A mulher negra tem uma taxa 71% superior a dos homens brancos e destas 23% são empregadas domésticas.Necessariamente, a análise da situação da presença feminina no mundo do trabalho passa por uma revisão das funções sociais da mulher, pela crítica ao entendimento convencional do que seja o trabalho e as formas de mensuração deste, que é efetivada no mercado.

O trabalho não remunerado da mulher, especialmente aqueles realizados no âmbito familiar, não são contabilizados por nosso sistema estatístico e não possuem valorização social - nem pelas próprias mulheres - embora contribuam significativamente com a renda familiar e venham crescendo, englobando inclusive atividades exercidas para grandes empresas. O que vem sendo concluído com os estudos sobre a mulher é que ocorre evidentemente uma dificuldade em separar casa-fábrica ou vida pública-privada, mesmo em se tratando da participação no mercado de trabalho, na população economicamente ativa.

Doaré analisa uma das conseqüências da internacionalização do processo de produção e formas de sua realização, ressaltando a gestão da mão-de-obra barata, mecanismo que envolve a maior parte da força de trabalho feminina, com dados de 1975 que ainda se mantêm atualizados: "... a subcontratação - uma das formas de deslocamento geográfico industrial - apesar de abranger 725.000 trabalhadores em 39 países (1975), de acordo com Frobel, é menos um fenômeno quantitativamente importante em escala mundial, do que uma expressão particularmente significativa de uma nova exigência do capital, através da exploração da mão-de-obra vulnerável dos países subdesenvolvidos, em condições específicas, e principalmente das mulheres. Com efeito, trata-se menos, nesta circunstância, da exportação de capitais do que da exportação de uma relação social de produção que integra a divisão sexual às novas formas de internacionalização do trabalho." Somente a partir de uns 10 a 15 anos atrás, especialmente desde o período Constituinte, 1987/88, as questões que envolvem as relações de gênero no trabalho e na produção encontraram maior espaço nas pautas importantes de discussão de políticas de emprego, como sindicatos, dos partidos políticos, e outros setores similares.

Há que se reconhecer, neste contexto, que seja por falta de consciência política ou pelo desejo de manter o "status sexual" ? muitos ainda apóiam a "partição" sexual do trabalho, como um procedimento "natural" ? que o panorama continua. Na verdade, é toda uma formação cultural que contribuiu e contribui com esse quadro de ?naturalização" da questão, a fragmentação da sociedade em dois espaços hierarquizados, em função dos sexos, são temas omitidos na maioria das análises sócio-econômicas de nossas sociedades. As contradições da relação homem/mulher são diluídas na aparente neutralidade dos conceitos científicos; outras vezes delimitam artificialmente os campos de análises, como podemos observar mais freqüentemente na educação, na economia, na sociologia do trabalho e na sociologia da educação.

Sejam as operárias de fábricas, as trabalhadoras do comércio ou do campo, e outras, elas convivem com problemas de ordem privada que em muito dificultam seu desempenho como profissional, suas necessidades de qualificação e requalificação, afetando o cotidiano de toda família. No entanto, os homens dificilmente consideram tais problemas também como parte de sua vida. São dificuldades que, embora internas a questões da vida familiar, refletem sobre as condições de exploração da força de trabalho - apresentando-se, de fato, como um problema coletivo, tomando caráter público - como é o caso da não existência de infra-estrutura (creches, restaurantes, lavanderias, etc.), que apoiariam a saída para o trabalho.

Pesquisas sobre a utilização de novas tecnologias indicam que as mulheres estão sendo excluídas dos treinamentos que possibilitam o conhecimento das máquinas e de programação, sendo mantidas nas funções que exigem menos qualificação, como já nos referimos. Salvo esparsas exceções, raramente a mulher consegue penetrar em áreas onde sejam feitos diagnósticos e tomadas decisões técnicas. Sua atuação é sempre restrita à esfera de execução do que já foi decidido. Mesmo hoje, com as mudanças na organização do processo de trabalho, ela ainda não participa do processo decisório. Nas fábricas, ela está na linha de montagem, no comércio, está no balcão, no campo, está na colheita, e assim por diante.

Finalmente, hoje observa-se a possibilidade concreta de uma nova ordem que inclui a relação complementar entre os sexos, a possibilidade de um núcleo familiar democrático e outros componentes de formação da sociedade que venham garantir a efetivação do velho/novo clamor por uma sociedade socialmente justa. Vários são os caminhos construídos pela recente história cultural de nossa sociedade e pela produção teórico-conceitual que explicitam a existência das diferenças, possibilitando maior clareza e uma concepção bem elaborada sobre a questão, de forma que não permitam que seja dada uma continuidade ao processo de desigualdade, gerada a partir das diferenças.

* Zuleide Araújo Teixeira é Subsecretária de Planejamento e Orçamento da Secretaria Especial de Políticas para as mulheres.
Pesquisa organizada por: Rejanne Soares - Comunicação AMA
Fonte: www.universia.com.br

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Treinamento de Midia no Amapá



` No dia 11 de Agosto de 2007 - Sábado, a Articulação de Mulheres do Amapá - AMA, realizou o Treinamento de Mídia no Enfrentamento a Violência contra Mulher, para as Mulheres que compõem o Comitê Político da articulação. Na Escola Estadual Rivanda de Nazaré, no Bairro Novo Horizonte.


O Treinamento de Mídia terá dois módulos: radio e televisão.


Trabalhar no Combate á Violência contra mulher, precisa ser um trabalho constante, onde nós mulheres precisamos encontrar formas de argumentar com as outras que estão vivenciando este ciclo difícil de romper, e que não tem uma receita definida, e sim a ser construída.


Áurea Brito – Coordenadora da Articulação de Mulheres comentou:”A Mulher é um ser apaixonado, a emoção é mais presente nas atitudes da mulher, mesmo ela sofrendo a violencia, ela sonha com o homem que ela se apaixonou, ele bate... Sai e volta com flores, caixa de chocolates, diz que ama e ela acredita nas palavras daquele homem que ela construiu uma historia. E na verdade nenhuma mulher que ver seu lar destruido, entao para isso acreditamos muito na necessidade de se implantar e implementar uma politica de reeducação, para os homens agressores. Afinal nenhum ser humano nasce agressor!”


“Quem dera se no primeiro, segundo ou terceiro tapa, essa mulher fosse tomar ciência do que esta acontecendo, e arrumasse suas coisas de casa e fosse embora e denunciasse!” Completou Joaquina Lino Conselheira do Movimento Articulado da Amazônia – MAMA.O momento de reflexão entre as mulheres presentes foi de grande importância, para avaliação das atividades e das lacunas que podem ser preenchidas na mídia para levarmos informações sobre o enfrentamento a violência contra mulher.


O Treinamento contou com orientações sobre qual a melhor postura em uma entrevista de radio, como organizar todas as informações acumuladas sobre a temática e levar de fato a informação para as mulheres que tem o rádio como meio de informação.


Nossos Agradecimentos a Estudante de Jornalismo da Faculdade SEAMA, Raquel do movimento Hip Hop, A Direção da Escola Estadual Rivanda de Nazaré e a cada mulher que não mede esforços para contribuir com essa luta, que não é somente da articulação, e de toda sociedade, mesmo essa sociedade sendo omissa, nos temos que continuar nessa jornada.

O treinamento que faz parte de uma das estratégias da Articulação Brasileira de Mulheres - AMB, que no mês de Junho de 2007, realizou a capacitação para mulheres da região norte e nordeste, em Fortaleza, onde o Amapá contou com a presença da Coordenadora da AMA, Aurea Brito e a Coordenadora de Comunicação - AMA, Rejanne Soares.

Palavra das Multiplicadoras
"Poder perceber nos gestos, e no brilho do olhar de cada mulher que participou do treinamento, que estamos compartilhando conhecimento e passando em frente parte do que aprendemos com a experiências das companheiras Jacira Melo e Mariza Sanematsu do Instituto Patrícia Galvão, foi fundamental para cumprir com confiança e firmeza nosso papel de Multiplicadora. Estou satisfeita de poder contribuir com esse processo e tema delicado e que precisa muito de nossa atenção.”Rejanne Soares


“Após a capacitação em Fortaleza, tenho o compromisso em repassar as mulheres integrantes do comitê político no estado do Amapá, o treinamento em midia, e durante a realização da multiplicação, as mulheres relataram casos, ou perceber o dialogo com o tema de enfrentamento e a Mulher e a grande perspectiva é um resultado positivo após o treinamento!”Áurea Brito.

Escrito por: Rejanne Soares - Comunicação da AMA.